O médico legista e professor George
Sanguinetti, em sua página no Facebook, diz que a imagem de um provável
suspeito de matar a menina Beatriz em Petrolina é muito pouco para uma
investigação que já dura dois anos. "A imagem de um homem andando em
frente ao colégio, divulgada pela polícia, é muito pouco. O autor do
crime conhecia muito bem o colégio, o criminoso teve ajuda para agir.
Então a polícia por não ter nada provado, divulga a imagem do suspeito".
Na páginas centenas de internautas compartilharam o comentário e
pediram Justiça.
Confira na integra o texto de George Sanguinetti:
"Reflexões sobre um bárbaro homicídio impune. O caso Beatriz – Petrolina-Pernambuco.
"Há mais de dois anos ocorreu o crime
hediondo. Durante uma comemoração de formatura, num tradicional colégio
católico de Petrolina, estavam presentes os pais, amigos e uma grande
quantidade de pessoas, entre as quais educadores, alunos, familiares e
pessoas da comunidade.
Uma noite festiva que termina em
fatalidade. Quarenta e duas facadas são desferidas no corpo de uma
criança de 7 anos, por motivo até hoje não esclarecido. Quanto ao autor,
até hoje não foi incomodado e dificilmente o será, pois não há provas
técnicas.
E o que se faz é divulgar uma imagem,
obtida em frente ao colégio, de um indivíduo que circulara na festa. É
muito pouco. E por não ter nada provado, divulga-se que é a imagem do
suspeito, do autor.
A contribuição da cena do crime, ou seja,
do local da morte, não permitiu estabelecer nexo de causalidade. E este
mesmo local, fotografado e “levantado” pela Polícia Técnica, alguns
meses depois, é descartado e outro local é apontado como provável cena
do crime.
Além disso, um segredo de Justiça, na
investigação policial, impede de analisar os elementos colhidos, ou
outros vestígios e indícios menos perceptíveis que possam ter sido
ignorados por falta de atenção ou mesmo desconhecimento. Insisto no
visum et repertum.
Voltar ao local, verificar as fotografias
forenses ampliadas, a disposição das manchas de sangue para estabelecer a
dinâmica do evento, mensurar todos os vestígios de maneira
metodológica.
Creio que o local da morte foi aquele onde
o corpo foi encontrado; o autor conhecia muito bem o colégio, já que em
tempo limitado, conduziu Beatriz ao local da execução (uma sala isolada
e fora de uso), onde não foi visto. Não foi aleatório. Conduziu à
morte, a criança que queria conduzir, quando quis conduzi-la.
Alguém o ajudou, um cúmplice, não a
desferir os golpes, mas a vigiar o local enquanto o homicida agia. Este
último, continua convivendo com as pessoas, na cidade de Petrolina, até
os dias de hoje.
Não foi incomodado. Quanto às imagens do
vídeo divulgadas nacionalmente, não há quaisquer provas que fundamentem
culpa. A Polícia ainda não obteve êxito na investigação.
“O tempo que passa é a verdade que foge” (Edmond Locard).