Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
A juíza Caroline Vieira Figueiredo, da 7.ª Vara Federal, do Rio,
aceitou a 21.ª denúncia da Operação Lava Jato contra o ex-governador do
Rio Sérgio Cabral (MDB) por lavagem de dinheiro. O emedebista agora é
réu de novo. A magistrada, que está substituindo o juiz Marcelo Bretas,
em férias, apontou "fortes indícios de autoria e materialidade". Outros
seis investigados também se tornaram réus: Ary Ferreira da Costa Filho,
Sérgio Castro de Oliveira - preso na cadeia de Benfica -, Gladys Silva
Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martins e
João do Carmo Monteiro Martins. Todos são acusados pelo crime de lavagem
de dinheiro por meio de empresas do Grupo Dirija, controladas por Jaime
Luiz e João do Carmo, ambos delatores. Nesta denúncia, a Lava Jato
acusou Sérgio Cabral por 213 atos de lavagem de cerca de R$ 10,2
milhões. "Na sistemática estabelecida, que se estendeu de 2007 a 2014,
Ary Filho realizava a entrega periódica para os representantes do grupo
Dirija de dinheiro em espécie e notas fiscais emitidas pelas empresas
Gralc Consultoria (LRG Agropecuária), de Carlos Miranda, SFB Apoio
administrativo, de Sonia Ferreira Batista, e Falci Castro Advogados e
Consultoria, de Sérgio de Castro Oliveira e Gladys Silva Falci de Castro
Oliveira, e, em seguida solicitava que João do Carmo e seu filho Jaime
Luiz fizessem a transferência bancária dos recursos para as referidas
empresas como se estivessem fazendo pagamento por prestação de serviços,
que na realidade não existiam", afirma a Lava Jato. A reportagem fez
contato com os advogados de Sérgio Cabral, Sérgio Castro de Oliveira,
Gladys Silva Falci de Castro Oliveira e está tentando falar com as
defesas de Ary Ferreira da Costa Filho e Sonia Ferreira Batista, mas
ainda não obteve retorno.