Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse
que faltam poucos votos para os 308 necessários para aprovar a reforma
da Previdência, mas admitiu em seguida que a contagem dos apoios vai
começar efetivamente na semana que vem. "Não fiz contagem dos votos,
vamos começar a fazer agora", afirmou Mansur, ao final de reunião com
lideranças na residência oficial da Câmara dos Deputados. Segundo ele, a
estratégia discutida nesta terça-feira (30) é que os líderes conversem
com suas bancadas para mapear os apoios e os votos indecisos para então
tentar revertê-los favoravelmente ao governo. A ideia é ter uma nova
reunião na semana que vem. Mansur disse que a ideia é fazer a leitura da
emenda aglutinativa da reforma da Previdência no dia 6 de fevereiro
para que a votação ocorra entre os dias 19 e 20. Ele defendeu que a
reforma vá a voto de qualquer maneira, apesar de o próprio presidente da
Camara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter dito que só pautará o texto se
houver segurança do apoio necessário. "Defendo ideia de que temos que ir
a voto, perdendo ou ganhando", disse Mansur. "Se Maia vai pautar ou
não, é opinião dele", acrescentou, dizendo respeitar a posição do
presidente da Câmara. Segundo o vice-líder, se a proposta for a voto,
essa votação será realizada dia 20. O governo nega qualquer discussão
interna para adiar a votação para novembro, após as eleições. Nesta
terça, Mansur reafirmou a intenção de votar a proposta em fevereiro.