A demissão de Túlio Gadêlha do cargo de
presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado
de Pernambuco (Iterpe) foi provocada pela pressão de deputados estaduais
da própria base do governador Paulo Câmara (PSB). Ao viajar para
Petrolina nesta semana, o namorado da apresentadora global Fátima
Bernardes fez vários anúncios e concedeu algumas entrevistas. Porém,
esqueceu de avisar sobre a agenda aos políticos que possuem votos na
região, como o deputado Lucas Ramos (PSB).
O resultado, em um grupo do whatsapp,
frequentado por aliados do Palácio, só se falava que a fama teria subido
à cabeça de Gadêlha. Ele passou a ser visto como uma ameaça interna,
diante da possibilidade de se candidatar na eleição deste ano. Não
demorou muito, um grupo de deputados inconformados com sua postura se
uniu e foi em comitiva pedir a cabeça do presidente do Iterpe para o
governador Paulo Câmara.
No grupo do whatsapp, segundo fontes
palacianas, até mesmo um membro do PDT, partido do qual ele é filiado,
concordou com a exoneração de Túlio, diante de sua “falta de
sensibilidade”. O próprio deputado Wolney Queiroz teria aceitado a
demissão sem grandes resistências, em função do forte desconforto
causado na base.
Gadêlha foi informado de sua demissão
por telefone, menos de dois meses após tomar posse como presidente do
órgão, que é ligado à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de
Pernambuco.