Preso
em Curitiba, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) negou que
tenha relação com a indicação dos quatro vice-presidentes da Caixa
afastados esta semana.
Em nota divulgada pelos advogados de Cunha, o emedebista diz que não
exercia influência sobre a cúpula do banco e creditou a indicação de
Antônio Carlos Ferreira, responsável pela área Corporativa da Caixa, à
senadora Rose de Freitas (MDB-ES).
Segundo Cunha, Ferreira foi indicado “pela então deputada e hoje
senadora Rose de Freitas diretamente ao então vice-presidente Michel
Temer”.
A senadora esteve, hoje, com Temer no Palácio do Planalto. À Coluna,
disse que a reunião foi para falar sobre as obras do novo aeroporto de
Vitória.
O ex-deputado também afirmou que, “ao que parece”, o atual padrinho
político de Ferreira “seria o ex-ministro Marcos Pereira”, que deixou o
Ministério da Indústria e Comércio Exterior no início de janeiro.
O emedebista disse ainda que “são falsas as declarações” de Ferreira
em relação a ele e que desafiava o ex-dirigente a prová-las. Segundo
Ferreira, Cunha cobrava dele informações semanais sobre operações do
banco superiores a R$ 50 milhões.