domingo, 21 de janeiro de 2018

Cabral aciona Moro e Segóvia por tratamento de escravo





Lauro Jardim - Veja
O tratamento selvagem (e ilegal) dado a Sérgio Cabral pela PF na sua transferência para Curitiba começa a ter consequências.
A defesa de Cabral dará entrada no início da semana com uma notícia criminal contra o juiz Sérgio Moro e contra Fernando Segóvia, diretor-geral da PF. Vai alegar que Cabral "foi conduzido e exibido de forma desumana".
Mais: a força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, que nada tem a ver com o que ocorreu, vai apurar já na segunda-feira quem foram os responsáveis pela extravagante decisão.  (Lauro Jardim – Veja)
Após passar a noite sozinho na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral fez exame de corpo de delito na manhã desta sexta-feira. Ele chegou por volta das 10h45 no Instituto Médico Legal (IML) e deixou a viatura da PF com as mãos e os pés algemados.
Cercado por policiais, Cabral caminhou com dificuldade da viatura até a entrada do IML. Ele reclamou para um dos agentes federais que as algemas e o cinto que ele tinha na cintura o estavam machucando.
O advogado do ex-governador, Rodrigo Roca, se disse estarrecido ao ver seu cliente com algemas nos pés e nas mãos:
— Sérgio Cabral está proibido de falar e com pés e mãos algemados. Esqueceram apenas de colocar o capuz e a corda. A defesa está indignada e estarrecida com tamanho espetáculo e crueldade — afirmou Roca.
Os juízes Sergio Moro, de Curitiba, e Caroline Vieira Figueiredo, do Rio, determinaram a transferência do ex-governador da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para o presídio no Paraná. Os pedidos para a transferência de Cabral foram feitos pelo Ministério Público em Curitiba e no Rio. Por isso, duas decisões de juízes diferentes.  (O Globo)