Foi assinado um acordo, hoje, que prevê que o Anfiteatro Pôr do
Sol, às margens do Guaíba, seja a área destinada ao acampamento do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e demais apoiadores
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia do julgamento do
recurso do petista, na próxima quarta-feira (24), em Porto Alegre. O
local fica a cerca de 1 km de distância do Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF-4).
O documento foi assinado pelo Ministério Público Federal (MPF), por
meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC),
representantes de movimentos sociais, governo do estado e prefeitura.
Em 29 de dezembro, o juiz federal Osório Ávila Neto determinou que
ficasse estabelecida uma área para os manifestantes e proibiu que fosse
montado um acampamento no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, situado em
frente ao TRF-4.
"Foi uma alternativa importante para nós termos, minimamente, um
acordo para atender as partes. Chegamos a esse entendimento, é um bom
espaço para montar o acampamento e receber esse grande número de pessoas
que está previsto", considerou o dirigente estadual do MST, Cedenir de
Oliveira.
No acordo, também ficou estabelecida a limitação do tráfego de
veículos na Avenida Evaldo de Pereira Paiva, entre a Rótula das Cuias, e
o Estádio Beira Rio, permitindo-se acesso de ônibus e caminhões para
estacionamento, embarque e desembarque de pessoas, e carga e descarga de
material, no Anfiteatro Pôr do Sol.
Na próxima segunda-feira, a Secretaria da Segurança Pública (SSP)
divulgará o plano de segurança montado para o julgamento. Em maio,
durante o primeiro depoimento de Lula como réu em Curitiba, as
autoridades do Paraná montaram um esquema de segurança em função das
manifestações de apoiadores e grupos contrários ao ex-presidente.