O
pedido da defesa de Paulo Maluf para que o parlamentar seja transferido
à prisão domiciliar ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O tribunal pediu um laudo do
Instituto Médico Legal para esclarecer o estado de saúde de Maluf, que é
um dos motivos alegados pela defesa para que ele não seja encarcerado.
“Solicito as providências necessárias no sentido de submeter o
sentenciado Paulo Salim Maluf, filho de Maria Stefano Maluf, à perícia
médica para fins de análise de prisão domiciliar humanitária, com
remessa a este Juízo do laudo respectivo”, disse, em ofício expedido à
Diretoria do IML, a diretora da secretaria da Vara de Execuções Penais
do TJDFT, Tatiana de Souza Guedes.
O pedido é para que a perícia seja feita assim que Maluf seja
transferido a Brasília, “com elaboração de laudo preliminar, se o caso,
sem prejuízo da elaboração de laudo complementar para responder aos
quesitos eventualmente formulados pelas partes, a serem oportunamente
encaminhados”. O tribunal também solicitou que, caso não seja possível
realizar o exame na chegada do político, seja informada a nova data.
A decisão de transferir Maluf para a papuda foi tomada nesta
quarta-feira (20) por Bruno Aielo Macacari, juiz de direito substituto
do DF.
A defesa ainda tenta suspender no STF o início da execução da pena de
7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado e aguarda uma
decisão da presidente do Supremo, Cármen Lúcia.
Se nenhuma nova decisão mudar o curso dos acontecimentos, o deputado
federal Paulo Maluf (PP-SP) ficará detido em uma cela de 30 metros
quadrados e com capacidade para abrigar até dez internos, na ala B,
bloco 5, do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo
Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
As Alas A, B e C deste bloco reúnem políticos, idosos, ex-policiais,
além de presos com ensino superior. O empresário e senador cassado Luiz
Estevão se encontra na mesma ala B, onde ficará Maluf, mas ainda não
está definida a cela exata em que o deputado condenado ficará. As três
alas reúnem presos que são considerados “vulneráveis”, que poderiam
correr riscos se confinado juntos aos demais detidos. Entre os presos no
bloco dos vulneráveis, na ala A, está Geddel Vieira Lima.