As denúncias de organização criminosa
contra políticos dos PMDB sem foro privilegiado denunciados junto com o
presidente Michel Temer vão sair das mãos do juiz Sérgio Moro, da Vara
Federal em Curitiba (PR), e serão encaminhadas à Justiça Federal de
Brasília (DF). A decisão foi tomada pelos ministros do Supremo Tribunal
Federal, nesta terça-feira (19). Entre os réus que haviam solicitado a
transferência estão o deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro
Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo
Rocha Loures (PR).
Os advogados dos acusados recorreram ao
Supremo para pedir, basicamente, a manutenção das investigações no STF, a
suspensão do trâmite dos inquéritos ou a transferência para uma Vara
Federal de Brasília e não para a 13ª Vara Federal de Curitiba.
O primeiro pedido foi negado, por
unanimidade, também nesta tarde, pelos 10 ministros da Corte presentes
ao julgamento. Eles confirmaram, de acordo com informações do portal G1,
a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no tribunal,
que em novembro fatiou a denúncia e enviou o caso para a primeira
instância. Por maioria, no entanto, a parte relativa aos políticos do
PMDB foi deslocada para Brasília. Prevaleceu o entendimento de que o
caso não tem conexão com o esquema de corrupção investigado na
Petrobras, foco da Lava Jato.
Fonte: NMB