Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal
(STF), autorizou a quebra de sigilo bancário do senador Aécio Neves
(PSDB-MG) e de sua irmã, Andréa Neves, e de seu primo, Frederico
Pacheco. Segundo informações da Agência Brasil, a determinação atendeu a
um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi
divulgada nesta quinta-feira (7) e inclui também a quebra do sigilo
bancário do ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG),
Mendherson de Souza Lima, e das empresas ligadas ao congressista, Tapera
Participações e Empreendimentos Agropecuários Ltda. e ENM Auditoria e
Consultoria. Aécio, Andréa e Frederico foram denunciados pela PGR por
corrupção passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e tentativa
de obstrução de Justiça, no âmbito do inquérito relacionado à delação
premiada de Joesley Batista, sócio do grupo J&F. Ele declarou que
pagou ao menos R$ 60 milhões de propina entre 2011 e 2014 e que o
dinheiro foi utilizado, em parte, para pagar partidos da coligação do
senador em sua campanha presidencial de 2014. “Consoante apontado pela
Procuradoria-Geral da República, faz-se indispensável o acesso a dados
bancários e fiscais de pessoas naturais e jurídicas relacionadas às
investigações, no período de 1º de janeiro de 2014 a 18 de maio de 2017,
a fim de rastrear a origem e o destino dos recursos supostamente
ilícitos”, afirmou o ministro do STF. Nesta quinta também foi divulgada
outra decisão de Mello, que revoga a prisão domiciliar e outras medidas
cautelares que tinham Andréa Neves, Frederico Pacheco e Mendherson de
Souza Lima como alvo.