Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Na denúncia do bunker de R$ 51 milhões localizado em
Salvador e atrelado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, que segue preso
desde o dia 8 de setembro, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu
que o deputado federal Lúcio Vieira Lima passasse a ter recolhimento
noturno e aos finais de semana e que a genitora de ambos, Marluce Vieira
Lima, tivesse prisão domiciliar decretada. Foram denunciados ainda o
ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, o ex-assessor
Job Brandão e o dono da Cosbat, Luiz Fernando Machado Costa Filho (lembre aqui).
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requer ainda a
indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 51 milhões e a
perda, em favor da União, das participações societárias da família
Vieira Lima nos empreendimentos de alto luxo da Cosbat. A PGR detalha o
processo de incorporação de recursos ilícitos provenientes de propinas e
de apropriação de salários de assessores. Segundo o documento, Marluce
“centralizava as tratativas de participação nas sociedades com Cosbat,
tinha poder decisório e fazia a execução financeira” e o maior aporte
feito pela família foi no empreendimento La Vue, determinante para a
saída de Geddel da Secretaria de Governo após o ex-ministro pressionar o
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para
autorizar as obras. “É o empreendimento de maior participação societária
de Geddel e Marluce, o que talvez explique a suposta pressão que fez
sobre o ministro da Cultura para que o IPHAN permitisse a liberação da
obra”, ressalta a PGR.