A
tornozeleira eletrônica que o empreiteiro Marcelo Odebrecht coloca hoje
vai custar ao condenado R$ 149 por mês. Ele saiu nesta manhã da
carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, depois de passar dois anos e
meio preso. Ele foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão, mas por
causa de sua colaboração com a Justiça, cumpre 10 anos por lavagem de
dinheiro e associação criminosa no âmbito da Operação Lava Jato. Pelo
acordo, os primeiros 2 anos e meio, permaneceria preso em Curitiba. O
restante, em casa, com tornozeleira.
O empresário só volta a pisar na rua sem qualquer tipo de restrição
em 2025, quando terminam os prazos acordados com a força-tarefa da Lava
Jato. Pessoas próximas ao empresário afirmam que a mulher, Isabela, e as
três filhas adolescentes não escondem que encaram a progressão do
regime fechado para o domiciliar como “liberdade” nas visitas à
carceragem da PF. Em casa, ele poderá receber parentes de até 4º grau,
como primos e tios-avós, além de outras 15 pessoas indicadas por ele à
Justiça.
Minutos depois de sair da PF, o empreiteiro chegou à sede da Justiça
Federal para uma audiência com a juíza Carolina Lebbos, da 12.ª Vara
Federal. A magistrada vai acompanhar a execução da pena de Marcelo.
Na chamada audiência admonitória (advertência), aquela realizada
quando ocorre suspensão condicional da pena, o juiz de execução relata
ao condenado quais são as condições da nova etapa do cumprimento da pena
e as consequências caso ele não siga esses termos. No caso de
Odebrecht, além das explicações, o empreiteiro também recebeu a
tornozeleira durante a audiência com a juíza.