Folha de S. Paulo
Coluna Painel
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Com a perspectiva de condenação de Lula, líderes de partidos alinhados ao PT dizem que a pulverização de candidaturas pode abrir caminho para a criação de um frente similar à do Uruguai, que reúne siglas de esquerda e organizações da sociedade civil.
A defesa da candidatura do petista à Presidência continua sendo a principal pauta do PT para o próximo ano, mas a avaliação é que Manuela D’Ávila (PC do B), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos, que pode ser candidato pelo PSOL, ajudarão a construir o pós-Lula.
Os defensores da tese querem organizar uma grande coalização que reúna partidos, sindicatos, movimentos sociais, intelectuais e artistas em torno de um programa único.
Já o Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira diz que, com Lula inelegível, “haverá um grau de insegurança muito grande para aqueles que desejarem apoiá-lo no primeiro turno”.
De olho em Joaquim Barbosa, Siqueira pondera que, caso não consiga filiar o ex-presidente do STF, sua sigla fará ampla “avaliação política e eleitoral” para escolher um aliado. A reação da população à eventual condenação de Lula pesará na decisão do partido.