Neste mês de dezembro de 2017 são
completados dois anos da triste situação vivida pelos funcionários da
Ebal/Cesta do Povo. Num quadro grave de 1.700 empregados públicos
demitidos, o governador Rui Costa (PT) finge que nada acontece e ignora a
realidade vivida nesse período pelos trabalhadores. Nesses 24 meses já
foram 197 lojas fechadas nos mais diversos municípios de todo o estado
da Bahia, prejudicando além da população que se beneficiava com a rede
de lojas da Ebal, os funcionários da empresa.
A Associação Baiana de Trabalhadores da
Ebal/Cesta do Povo (Abtec) vem promovendo diversas ações de mobilização
contra os ataques do governo e acionando instâncias jurídicas para
assegurar aos trabalhadores os direitos que lhe estão sendo retirados
pela ofensiva do estado. O presidente da Associação, Francis Tavares
afirmou que “foi aberta uma ação civil publica que espera uma decisão da
Justiça do Trabalho de Salvador”. Além disso, ele informou que foi
preparado também, um vídeo, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a situação dos funcionários demitidos.
Tavares
conta que muitos desses trabalhadores demitidos estão convivendo com
problemas de depressão causados pela situação de desamparo por parte do
seu empregador, o governo do estado da Bahia e que muitos estão
dependendo de cestas básicas para sobreviver e sustentar suas famílias. E
os ataques não param por aí. Segundo ele, muitos dos funcionários estão
com problemas de saúde e perderam o Planserv, plano de saúde do estado.
Para resolver estes problemas, Tavares
acredita que o ideal seria o Governador Rui Costa enviar um Projeto de
Lei à Procuradoria Geral do Estado e depois à Assembleia Legislativa do
Estado da Bahia com o intuito de realocar os empregados públicos
concursados a outros órgãos do Estado, além de um programa em parceria
com as prefeituras para reinserir os outros profissionais não
concursados no mercado de trabalho por meio do serviço de intermediação
de mão de obra. Infelizmente, após de cinco audiências sem respostas no
Ministério Público do Trabalho, a opção do governador é de massacrar
pais, mães e famílias.
A Abtec ressalta que mesmo diante do
descaso do governo, estará no enfrentamento dessa luta e permanecerá se
mobilizando em defesa dos trabalhadores e pelo direito ao trabalho.
Ascom Abtec