Itamar Garcez – Blog Os Divergentes
Em 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu seu amigo José Sarney. “O Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum“, declarou Lula.
Evidente
que o TRF4 de Porto Alegre está tratando o recurso de Lula à condenação
por corrupção imposta por Sérgio Moro, o sufeta de Curitiba, de maneira
especial. Não há como ser diferente.
Qualquer
coisa que afete Lula, afeta o Brasil. Não há na história tupiniquim,
com exceção de Getúlio Vargas, líder de massas de tamanha ascendência
sobre os destinos do País.
Tudo
que for atinente ao companheiro-mor do PT diz respeito ao futuro da
política e, portanto, ao da economia – inclusive além das fronteiras. O
Brasil não seria o que é sem Lula. Para o bem e para o mal, o Brasil de
hoje foi moldado em boa dose pela lábia e vivacidade incomuns do
retirante de Garanhuns.
O
Brasil de 2019 será outro se Lula voltar à Presidência da República.
Enfim, não há como dissociar a história futura do Brasil da senda
política de Lula.
Seja
qual tenha sido a motivação dos três sufetas de Porto Alegre, os da 8ª
turma do TRF4, acertaram. Ao marcar para 24 de janeiro o julgamento do
recurso da defesa abriram uma oportunidade para que o resultado das
eleições de 2018 seja escolha dos eleitores. Aos tribunais cabe julgar
agora para sair de cena depois.