Blog do Noblat
O ministro Gilmar Mendes, há quinze anos no Supremo Tribunal Federal
(STF), é um homem de posses muito além de seu salário de 33 700 reais.
Uma de suas principais fontes de renda é o Instituto Brasiliense de
Direito Público (IDP), do qual é sócio junto com seu filho Francisco
Schertel Mendes, de 34 anos. O IDP, além de uma fonte de receita, passou
a ser uma fonte de dor de cabeça para o ministro, depois que veio a
público o caso da JBS e das traficâncias dos irmãos Joesley e Wesley
Batista.
Isso porque, nos últimos dois anos, Gilmar e Joesley mantiveram uma
parceria comercial e uma convivência amigável, a ponto de se visitarem
em Brasília e São Paulo, trocarem favores, compartilharem certezas e
incertezas jurídicas e tocarem projetos comuns. De 2016 a junho deste
ano, a JBS transferiu 2,1 milhões de reais para o IDP em patrocínios que
nem sempre foram públicos. Os valores de patrocínios de empresas iam
parar, por vezes, na conta pessoal de Gilmar Mendes. É o que revela uma
das mensagens obtidas por VEJA, que na edição desta semana traz mais
detalhes sobre a relação entre o juiz e o empresário.