Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
De um lado, PSD, PSB, PP, PR, PT, PDT e PCdoB disputam a
possibilidade de indicar um nome para a chapa majoritária da candidatura
à reeleição do governador Rui Costa (PT). Do outro, quando questionado
publicamente sobre as tratativas com vistas a 2018, o petista
desconversa. Sempre responde que este é o momento de trabalhar e que só
conversará sobre o tema no próximo ano. Entretanto, nos bastidores, as
movimentações apontam que Rui já bateu o martelo e definiu quem deve
marchar ao lado dele no pleito estadual. De acordo com informações
obtidas pelo Bahia Notícias, a composição de partidos que participarão
da chapa será mesmo aquela que vinha sendo especulada com intensidade,
tanto no mundo político, quanto pela imprensa: PT, PP e PSD. No “alto
escalão” da chapa, a reedição da parceria que venceu em 2014: Rui e João
Leão (PP) sairão como governador e vice, respectivamente. Já no Senado,
uma vaga é do ex-governador Jaques Wagner (PT), que abriu mão em 2014
para abrir espaço para a candidatura de Otto Alencar (PSD). A outra será
mesmo ocupada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia
(AL-BA), Angelo Coronel (PSD). “O jogo já está jogado”, disse ao Bahia
Notícias um nome que acompanha de perto as articulações para 2018.
Procurado pela reportagem, no entanto, Coronel negou que haja alguma
definição sobre o assunto. “Essa é uma questão que fica para o partido
definir a posição que devemos jogar. Estou na concentração, aquecido. Se
o partido resolver me colocar para jogar, estou pronto”, declarou. Esse
desenho da majoritária, como previsto em uma situação na qual há muitos
postulantes para pouco espaço, já tem provocado resistências dentro da
base governista. Ainda segundo fontes ouvidas pela reportagem, a
senadora Lídice da Mata (PSB), que tem sido mais incisiva nas
declarações públicas sobre seu desejo de disputar a reeleição ao Senado
ao lado de Rui, demonstra inconformismo com a possibilidade de ser
preterida. A pessoas mais próximas, ela tem declarado que pode se
candidatar sozinha para mais um mandato. “Ela sai candidata ao Senado de
qualquer jeito”, afirmou uma outra fonte que participa das conversas. O
possível voo solo da socialista, no entanto, não é tratado publicamente
e, apesar das negociações avançadas sobre o próximo ano, nenhum dos
interlocutores se predispõe a tratar do tema. Mesmo com o cenário
inicialmente delineado, eventuais mudanças pontuais podem acontecer a
partir das articulações que envolvem outros partidos da base aliada.