Foto: Jane de Araújo / Agência Senado
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi condenado a perder o 
mandato e direitos políticos por oito anos, além de pagar multa de R$ 
246 mil no caso de propina da construtora Mendes Júnior. Cláudio Gontijo
 Teixeira e a empresa também foram condenados a pagar a mesma multa. Em 
decisão tornada pública nesta segunda-feira (20), o juiz federal 
Waldemar Carvalho, da 14ª Vara Federal, entendeu que houve improbidade 
administrativa por parte do senador. O processo civil é sobre o caso em 
que Renan foi acusado de receber propinas da construtora, que pagaria as
 despesas pessoais da jornalista MÔnica Veloso, com quem Renan mantinha 
um relacionamento extraconjugal. O caso foi revelado em 2007, quando o 
peemedebista era presidente do Senado. Na ocasião, ele renunciou ao 
cargo. Além desse processo, Renan responde por outro, sob segredo de 
Justiça, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste, Renan é 
acusado de peculato. Ao Estadão, a defesa do senador disse que a decisão
 não produz qualquer efeito imediato de afastamento do mandato. "De toda
 forma, cabe à defesa apelar da decisão cofniando que o Tribunal 
Regional Federal restabeleça o mesmo critério e raciocínio utilizados 
pelos ministros do Supremo Tribunal Federal", disse em nota o advogado 
Luís Henrique Machado.