A quantidade de chuva registrada na
cabeceira do Rio São Francisco, em Minas Gerais, desde a semana passada,
ainda não é suficiente para garantir a tranquilidade na Bacia
Hidrográfica do chamado rio da integração nacional, mas já oferece um
alento.
De acordo com a equipe do Centro Nacional
de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), tanto na
região da Bahia quanto na região mineira, o registro de chuvas ficou em
níveis considerados como dentro da normalidade. “Nos primeiros doze dias
de novembro, as imagens mostram que a precipitação está dentro do
normal”, informaram os técnicos do órgão federal. O acompanhamento
indica uma precipitação média de 40 milímetros (mm). A expectativa é de
permanência de chuvas pela próxima quinzena de novembro, principalmente
em Minas Gerais.
Ainda durante a reunião, os técnicos do
Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) confirmaram que as chuvas
registradas nos últimos dias já podem ser sentidas no reservatório de
Sobradinho (BA), cuja vazão defluente praticada está em 623 metros
cúbicos por segundo (m³/s), ao contrário do que está estabelecido, em
550 m³/s, mesmo patamar definido para Xingó (AL). Em Três Marias (MG), a
defluência praticada atualmente está em 300 m³/s e deverá ser reduzido
para 200 m³/s, para atendimento a projeto irrigado. “Essa constatação
afasta a possibilidade de utilizar o volume morto de Sobradinho”,
informaram os técnicos do ONS.
O superintendente de Recursos Hídricos da
ANA, Joaquim Gondim, reforçou que a vazão de Sobradinho e Xingó
permanece fixada em 550 m³/s. “Na semana passada, foi publicada no
Diário Oficial a resolução que renova essa vazão mínima até abril do
próximo ano”, informou.
A reunião que analisa e acompanha as
condições hidrológicas na bacia do São Francisco acontece semanalmente
na sede da ANA e é transmitida para os estados da bacia. O próximo
encontro acontecerá na segunda-feira (20 de novembro).
CHBSF/Delane Barros