Ex-ministro Luiz Marinho | Foto: Reprodução / PT
Ex-ministro do Trabalho e da Previdência, Luiz Marinho acredita
que o Partido dos Trabalhadores precisa rever, a partir das eleições de
2018, a proibição de alianças com os partidos que apoiaram o impeachment
de Dilma Rousseff. Marinho, que é também ex-prefeito de São Bernardo do
Campo e um dos petistas mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, defende que isso vai servir para garantir o apoio da
população. "Nós temos que recuperar bases. A maioria do povo também
apoiou o impeachment e nós queremos recuperar a maioria do povo. Não
vejo a necessidade de um grande arco de alianças para a candidatura do
Lula. Vamos precisar de uma grande aliança para governar, no Congresso.
Mas isso pode se dar no processo eleitoral ou pós-eleições. Agora vamos
analisar no sentido de ganhar a eleição. Depois se tomam providências
sobre composição da base no Congresso", afirmou em entrevista a O Estado
de S. Paulo. Para o político, identificado como pré-candidato ao
governo de São Paulo, esse quadro deve ser revisto pelo diretório
nacional do partido. Além disso, ele defende que é um posicionamento a
ser definido em cada Estado, como por exemplo em Alagoas, que o PT
voltou para o governo de Renan Filho (PMDB). Já em São Paulo, Marinho
acredita que não há possibilidade de aliança entre as siglas.
"Reposicionamentos eventuais podem acontecer, mas não vai ser um
'liberou geral'. Mas o PT deve permitir aliança com partidos que
apoiaram o 'golpe'", ponderou.