Luislinda ameaçou demitir assessor que lhe avisou sobre glosa no salário.
Foto: André Dusek/Estadão
O Estado de S. Paulo - Coluna do Estadão
Por Andreza Matais
Por Andreza Matais
O
presidente Michel Temer empurrou para o PSDB a decisão de manter ou não
a ministra Luislinda Valois no cargo depois de ela ter protocolado
documento no qual diz que faz trabalho escravo por não receber R$ 61
mil, soma de sua remuneração como ministra e aposentadoria como
desembargadora, e pedir para furar o teto constitucional.
A
ministra foi avisada por seus interlocutores no partido que fica se não
falar mais no assunto. Ela foi indicada para o cargo pelo senador Aécio
Neves (MG), de quem é admiradora, e pelo ministro Antonio Imbassahy,
também baiano.
A
insatisfação da ministra Luislinda com o seu contracheque já era
conhecida pelos seus funcionários. Ela ameaçou demitir o servidor que a
avisou assim que assumiu que ela teria o salário glosado em R$ 27 mil
devido a regra do abate-teto.
Conforme revelou a Coluna do Estadão, por causa da lei a ministra só tem direito a receber por esse trabalho R$ 3.292 bruto.
“A
Luislinda foi um dos únicos assuntos que unificaram o PSDB. A bancada
gostaria que ela reconhecesse o grave equívoco pedindo desculpas”,
resumiu o DEPUTADO BETINHO GOMES (PSDB-PE), sobre o pedido da ministra
para receber salário acima do teto.