Folha de S.Paulo
A
Polícia Federal afirmou em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal
Federal) na última segunda-feira (27) que há suficientes indícios de que
Geddel Vieira Lima (PMDB), seu irmão, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), e a
mãe dos irmãos, Marluce Vieira Lima, cometeram os crimes de associação
criminosa e lavagem de dinheiro.
A afirmação é a conclusão da investigação do bunker de R$ 51 milhões, descoberto pela PF em um apartamento em Salvador (BA) em 8 de setembro na operação Tesouro Perdido.
Os ex-assessores dos peemedebistas Job Ribeiro e Gustavo Ferraz também são apontados como partícipes dos crimes.
"[Os
envolvidos] estiveram unidos em unidade de desígnios para a prática de
crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento de recursos
financeiros em espécie oriundos de atividades ilícitas praticadas contra
a Caixa Econômica Federal, apropriação indevida de recursos da Câmara
dos Deputados por desvios de salários de secretários parlamentares,
caixa 2 em campanhas eleitorais, possível participação de Lúcio Vieira
Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da participação
de Geddel em organização criminosa", concluiu o delegado Marlon Cajado.
Em relatório de 36 páginas, no entanto, não há informação da origem do dinheiro; para a PF, os valores são ilícitos.