A saída do PSDB do governo Michel Temer é defendida por
70,5% dos brasileiros, de acordo com o levantamento do instituto Paraná
Pesquisas, enquanto 23,7% defendem que o partido permaneça no governo e
5,8% não souberam ou não opinaram. O movimento já começou nesta
segunda-feira (14) com a demissão do ministro das Cidades, Bruno
Araújo. A debandada dos tucanos é defendida mais fortemente pelas
mulheres (76,1%) do que pelos homens (64,4%). Os eleitores mais jovens
(16 a 24) são os que mais querem que o PSDB deixe a base aliada: 74,3%
dos entrevistados dessa faixa etária, índice próximo à da faixa etária
entre 25 e 34 anos (73,7%). A defesa da saída da sigla do governo é
menor entre os eleitores com idade entre 35 e 44 anos (66,8%).
Considerando a escolaridade, os eleitores com ensino superior são os que
menos defendem a retirada (60,3%), enquanto os que estudaram até o
ensino médio (75,4%) apoiam mais essa ideia. O Nordeste é a região que
mais rejeita a presença dos tucanos no governo: 73,1%, seguida do Sul
(71%), Norte/Centro-Oeste (69,3%) e Sudeste (69%). A pesquisa foi
realizada entre os dias 9 e 13 de novembro, com 2.442 entrevistados em
126 municípios de 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro
média é de 2% para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%. No
Sudeste, onde foram feitas 1.050 entrevistas, a margem de erro é de 3%;
no Nordeste, 4% (659 entrevistas); no Norte/Centro-Oeste, 5% (367
entrevistas); e no Sul, 5% (366 entrevistas).