sábado, 11 de novembro de 2017

Novo chefe da PF promete aumentar ação da Lava Jato



Indicado ao cargo com apoio da cúpula do PMDB, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, afirmou nesta sexta-feira (10) que a corrupção no Brasil é "sistêmica" e que vai ampliar as operações conduzidas pela corporação, inclusive a Lava Jato.
"O que a PF pretende é ampliar, aumentar o combate à corrupção. Então não será só uma ampliação, uma melhoria na Lava Jato, será em todas as operações que a PF já vem empreendendo. Bem como ampliar, criar novas operações", disse Segóvia durante cerimônia para assinatura de seu termo de posse.
"Pode ter uma única certeza: a corrupção nesse país é sistêmica, mas existe a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e vários outros órgãos que a combatem e nós pretendemos continuar cada vez mais fortes nesse combate", completou.
Com aval do ex-presidente José Sarney e do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ambos do PMDB e alvos de delações no âmbito da Lava Jato, o novo chefe da PF admitiu que terá que atuar politicamente enquanto estiver no posto.
"A política, na realidade, faz parte da vida do ser humano, então como diretor-geral eu tenho que realmente trabalhar politicamente com vários órgãos, várias instituições, o que não quer dizer que a gente não combata os crimes, que são cometidos por pessoas", disse Segóvia.
A escolha de seu nome foi estratégia para o núcleo do governo do presidente Michel Temer, que desejava mudanças na condução das investigações da Lava Jato. Desde maio, com a delação de executivos da JBS, as apurações avançaram sobre o coração do Palácio do Planalto.