Folha de S.Paulo – Fabio Fabrini e Julio Wiziack
Acordo com empresas
O
Ministério da Transparência suspendeu por dois anos a investigação de
desvios praticados pela Engevix na Petrobras, sob a justificativa de que
a empreiteira propôs um acordo de leniência —espécie de delação
premiada para pessoas jurídicas.
Documentos do TCU (Tribunal de Contas da União), obtidos pela Folha,
mostram que, enquanto as apurações ficaram paradas, a construtora, alvo
da Lava Jato, não confessou ilícitos, não colaborou com a descoberta de
novos crimes e as negociações fracassaram.
A
suspensão de investigações tem sido um padrão na Transparência. Onze
empresas suspeitas de corrupção, a maioria alvo da Lava Jato, tiveram
processos administrativos de responsabilização (PARs) congelados para
negociar colaborações, segundo dados da própria pasta. Porém, até agora,
só uma, a UTC Engenharia, chegou a um termo com o governo.
A Transparência não divulga os nomes, alegando sigilo. A Folha apurou que entre elas estão investigadas na Operação Lava Jato, como Engevix, Galvão Engenharia e a holandesa SBM.
O TCU, que investiga os procedimentos do órgão, entende que a pausa não tem amparo legal e favorece indevidamente as empresas.
Segundo
a corte, a conduta contribui para que as irregularidades prescrevam sem
que haja a apuração adequada e ainda engorda o caixa das envolvidas,
pois,
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