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A Justiça decidiu nesta terça-feira (31) que o
ex-presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, e outras três pessoas
vão responder por formação de quadrilha, por supostas irregularidades
cometidas enquanto ele estava à frente do clube. A denúncia foi feita em
2015 pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), também apontava a
ocorrência dos crimes de falsidade ideológica e crime contra a ordem
tributária. Porém, o juiz da 1ª Vara Criminal rejeitou, à época, a
acusação de formação de quadrilha, aceitando apenas as outras duas. No
julgamento realizado nesta terça pela Primeira Câmara Criminal, o
relator Lourival Almeida Trindade sugeriu a manutenção da decisão em
primeira instância, porém a desembargadora Rita de Cássia abriu
divergência e foi seguida pela maioria. O Bahia atua no processo como
assistente de acusação e, de acordo com o advogado do tricolor, Milton
Jordão, o clube e o MP-BA devem buscar a condenação dos acusados. Milton
explica que a ação foi motivada por supostos serviços que foram
contratados pelo clube, mas não foram executados. “Alguns serviços que a
auditoria detectou que teriam existido e não existiram, notas que não
têm lastro fático, as chamadas notas frias, de forma reiterada”,
enumerou. Além da ação criminal, o tricolor também move uma ação cível
contra Marcelo Guimarães Filho, para buscar o ressarcimento dos
eventuais danos causados. Sobre a acusação de formação de quadrilha,
contudo, Milton admite que os quatro envolvidos ainda podem recorrer.
Ainda assim, o processo deve continuar a tramitar. “Existem alguns
prazos de recursos para tribunais superiores, mas os recursos não têm
efeito suspensivo”, concluiu. Em setembro deste ano, o Bahia decidiu
expulsar o ex-presidente do quadro de sócios (veja aqui).