O diretor-geral da Polícia Federal,
Fernando Segovia, revelou que as investigações da Operação Lava Jato têm
data para acabar. "Queremos concluir antes do início do processo
eleitoral. Vamos botar o número de policiais que for necessário para
passar isso a limpo neste prazo", disse Segovia em entrevista ao jornal O
Globo.
Segovia reuniu-se com a presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, nesta semana e afirmou que
a PF estuda realocar delegados para auxiliar nos processos que tramitam
na corte. Os inquéritos e ações que estão no Supremo envolvem políticos
com foro privilegiado, como senadores e deputados federais. Hoje, a PF
tem 15 delegados atuando em 153 inquéritos no STF — boa parte deles
abertos pela delação da Odebrecht.
Indicado por Michel Temer (PMDB) no dia 8
de novembro, o novo diretor da PF chegou ao cargo para substituir
Leandro Daiello, que estava no posto desde 2011. Sua indicação foi
chancelada por políticos investigados pela Lava Jato, como o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Até mesmo dentro da
Polícia Federal sua escolha foi questionada. A Associação dos Delegados
da Polícia Federal (ADPF) publicou uma nota criticando o processo de
seleção e classificou a atitude como um movimento político
Fonte: NMB