Fotos: José Cruz / Marcelo Camargo / Agência Brasil
O ex-deputado Eduardo Cunha afirmou em interrogatório da Operação
Sépsis na manhã desta segunda-feira (6), em Brasília, ter apresentado
os peemedebistas Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves ao corretor
Lúcio Bolonha Funaro. Embora tenha confirmado ter viabilizado os
encontros, Cunha disse não ter conhecimento sobre possíveis ilícitos
praticados por eles após a apresentação. No caso de Geddel, preso na
Papuda, Cunha disse ter feito um pedido para Funaro emprestar sua
aeronave à época que o pai do ex-ministro precisava ser levado para São
Paulo com urgência para tratamento médico. Cunha não citou a data exata.
"Depois passaram a ter convivência próxima", disse Cunha. Sobre
Henrique Alves, o ex-deputado contou tê-lo apresentado ao corretor
durante um almoço, em 2012, na casa do empresário Joesley Batista. A
finalidade do encontro, disse Cunha, era apresentar o peemedebista a
Batista com objetivo de captar recursos para a campanha municipal em
Natal(RN). Como Funaro estava presente, Cunha diz ter intermediado a
apresentação. O depoimento de Cunha é mais uma etapa da fase de
interrogatórios dos réus na ação penal derivada da Operação Sépsis, que
investiga o pagamento de propina por grandes empresas para liberação de
aportes do Fundo de investimento do FGTS. Já foram ouvidos o
ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa Fábio Cleto, o
empresário Alexandre Margotto e o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Após o
ex-deputado, será a vez do ex-presidente da Câmara dos Deputados
Henrique Eduardo Alves ser interrogado pelo juiz Vallisney de Souza
Oliveira.