Folha de S.Paulo – Bruno Boghossian
Ao lançar sua candidatura à presidência do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) vai cobrar o desembarque do partido do governo Michel Temer já em dezembro. Ele também quer incluir no estatuto da sigla uma crítica formal a erros cometidos por tucanos.
O
nome de Tasso deverá ser colocado oficialmente na disputa nesta
terça-feira (7) pela ala de deputados tucanos que defende o rompimento
do PSDB com Temer.
O
senador cearense vai participar de uma reunião para discutir a disputa
interna da legenda com os parlamentares e com o governador de Goiás,
Marconi Perillo –que já anunciou que vai concorrer à presidência do partido.
Tasso,
que ocupa interinamente o comando do PSDB, defende que a sigla entregue
seus quatro ministérios logo após a convenção que vai escolher a nova
cúpula tucana, no dia 9 de dezembro.
O
movimento tem o respaldo do governador paulista, Geraldo Alckmin,
pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB. Seus auxiliares afirmam
que o partido precisa se distanciar de Temer e reduzir a contaminação
pelos fatos revelados pela Lava Jato que envolvem o partido –inclusive o
próprio Alckmin.
As teses de Tasso enfrentam resistências no grupo do PSDB alinhado ao senador Aécio Neves (MG), afastado do comando do partido desde que foi flagrado em gravações pedindo dinheiro a Joesley Batista, em maio.