Entre 2012 e 2016, 29 jornalistas foram
assassinados no Brasil. Esses números põem o país em sexto lugar na
lista de nações onde foram registradas, oficialmente, mortes de
profissionais da imprensa nesse período. Jornalistas continuam sendo
mortos por investigar e denunciar. Por publicar histórias subterrâneas
de corrupção política, violência policial e outros crimes contra a
cidadania. Por exercer a sua profissão.
As genericamente chamadas “agressões” são a
forma mais comum de violência registrada contra os jornalistas.
Sobretudo contra os empregados de emissoras de TV. Em seguida vem os
casos de ofensas; ameaças; condenações/decisões judiciais que impedem
jornalistas de apurarem um assunto ou divulgar suas descobertas;
intimidações; ataques/vandalismos; censura; detenções; atentados; roubos
e furtos e um caso de assédio sexual, relatado ano passado. A maior
parte das agressões é cometida por agentes públicos, principalmente por
policiais, guardas municipais e outros agentes de segurança.
As ocorrências registradas colocam o
Brasil entre os países mais perigosos para o exercício do jornalismo,
conforme apontam entidades internacionais como a organização Repórteres
Sem Fronteiras, segundo a qual o Brasil é o segundo país mais violento
da América Latina, atrás apenas do México.
Repórteres Sem Fronteiras