Conforme
o Barômetro Político Estadão-Ipsos, apresentador é a personalidade com a
melhor avaliação entre os 23 nomes relacionados pelo instituto aos
entrevistados
Agência Estado
O
apresentador de televisão Luciano Huck, cujo nome tem circulado como
possível candidato à Presidência da República, teve melhora
significativa de imagem nos últimos dois meses. Segundo a pesquisa
Barômetro Político Estadão-Ipsos, a aprovação ao nome de Huck apresentou
um salto de 17 pontos porcentuais desde setembro, passando de 43% para
60%. Já a desaprovação caiu de 40% para 32% no mesmo período.
Com
isso, Huck passou a ser a personalidade com a melhor avaliação entre as
apresentadas pelo Ipsos aos entrevistados. Todos os demais 22 nomes do
Barômetro Político deste mês, porém, são do mundo político ou do Poder
Judiciário, mais sujeitos ao desgaste do noticiário.
A
pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. O que os pesquisadores dizem
aos entrevistados é o seguinte: “Agora vou ler o nome de alguns
políticos e gostaria de saber se o (a) senhor (a) aprova ou desaprova a
maneira como eles vêm atuando no País”.
“Não
me surpreende que Luciano Huck tenha melhorado em aprovação”, disse
Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos. “Esse salto tem muito a ver com o
fato de seu nome ter sido cogitado como candidato e de ele próprio ter
dado indícios de que gostaria de concorrer. Mas o ponto é se isso vai se
converter em votos. Se a eleição fosse hoje, ele teria um desempenho
razoável, mas não esse cacife todo.”
Para
Cersosimo, por mais que Huck seja simpático para uma parcela
considerável da opinião pública, seus indicadores de aprovação não
diferem muito dos de outras celebridades televisivas. “As pessoas estão
avaliando um Luciano Huck que aparece há 15 ou 20 anos na televisão”,
observou o diretor do Ipsos. “Ele não tem a imagem desgastada por
embates políticos, ainda não foi testado em um debate, por exemplo.”
Evolução. Entre
os presidenciáveis, o primeiro a aparecer no ranking de aprovação do
Barômetro Político, depois de Huck, é Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
com 43% de avaliação positiva e 56% de negativa. As taxas do
ex-presidente estão em tendência de melhora paulatina desde junho. A
eventual candidatura de Lula, porém, depende da Justiça – uma condenação
em segunda instância pode inviabilizar legalmente sua participação na
campanha.
Em
empate técnico com Lula está o ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal Joaquim Barbosa, que foi convidado pelo PSB a disputar a
Presidência, embora nunca tenha manifestado em público essa intenção.
Barbosa tem 42% de aprovação.
Marina
Silva (Rede) apresentou oscilação de 36% para 35% em sua avaliação
positiva nos últimos dois meses. A desaprovação subiu de 51% para 56%.
O
prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a perder apoio na
opinião pública: sua avaliação negativa subiu de 56% para 63%. A taxa de
aprovação ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou de 22% para 24%.
O
juiz Sérgio Moro, titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba e conhecido
por sua atuação no julgamento de acusados da Operação Lava Jato, foi
aprovado por 50% dos entrevistados neste mês.