Foto: Divulgação/ Secom
O ex-diretor da Defesa Civil de Salvador (Codesal),
Gustavo Ferraz (PMDB), está em prisão domiciliar sem monitoramento
eletrônico. Aliado de Geddel Vieira Lima (PMDB), suposto dono do
"bunker" com R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador,
Ferraz foi liberado do presídio da Papuda, em Brasília, por decisão do
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia
19 de outubro |(relembre).
No dia seguinte, ele foi conduzido para Salvador. Na determinação,
Fachin estabeleceu que o peemedebista, acusado de ajudar Geddel a
esconder a quantia milionária, poderia voltar para sua casa, na capital
baiana, mas deveria usar tornozeleira eletrônica. No entanto, a
Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização
(Seap) afirmou ao Bahia Notícias que ainda não foi notificada da
decisão, para que possa aplicar o equipamento em Ferraz. “As 300
tornozeleiras, previstas no Convênio Seap/Depen, estão disponíveis para
uso. A Justiça Federal ainda não solicitou o serviço para Gustavo
Ferraz, mas estamos prontos para atender à demanda”, informou a pasta em
nota. Os equipamentos a que se refere a secretaria foram adquiridos com
recursos de um convênio com o Departamento Penitenciário Nacional
(Depen), após Geddel ser liberado para cumprir prisão domiciliar. À
epoca, a Seap não tinha tornozeleira, deixando o ex-ministro sem
monitoramento (leia aqui)
por quase dois meses, até ele voltar à cadeia. O BN também procurou a
Polícia Federal (PF) para saber se seria responsabilidade da corporação
fornecer o aparelho. No caso da soltura de Job Brandão, assessor do
deputado federal Lúcio Vieira Lima, preso por conta do mesmo caso, a
Superintendência da PF na Bahia informou ao Supremo que não tinha o
equipamento (veja aqui).
Procurada pela reportagem nesta quinta, ao ser questionada sobre a
situação de Ferraz, a assessoria disse primeiro que a responsabilidade
de aplicar a tornozeleira seria da Seap, mas pediu depois que a sede em
Brasília fosse procurada. Instada, a corporação empurrou a demanda para o
Depen. O BN, no entanto, não conseguiu contato com o Departamento.