Folha de S.Paulo
Em discurso na cidade de Diamantina (MG), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que um presidente precisa ter credibilidade.
"Se
você não tiver credibilidade para o povo que você governa, junto aos
empresários, junto ao sindicato, junto aos outros presidentes, você está
desgraçado", disse.
Ao defender o seu legado, o petista afirmou ter conquistado credibilidade.
Lula
disse ainda que foi convidado para todos os encontros do G8, reunião
dos líderes dos países mais ricos do mundo. "Como eu fui o único
presidente que teve que comer marmita azeda, passaram a me respeitar, a
me ouvir, eu fui levado em conta."
Sobre a condenação na Lava Jato, que pode impedi-lo de ser candidato em 2018, Lula afirmou que há milhões e milhões que pensam como ele.
"Eles não têm que proibir o Lula de ser candidato, eles têm que proibir é o povo brasileiro de votar", disse.
O
petista voltou a prometer um referendo revogatório das medidas do
presidente Michel Temer (PMDB) e afirmou que irá democratizar os meios
de comunicação.
Em
seu sexto dia de viagem por Minas Gerais, Lula afirmou que ia
economizar palavras "porque ainda temos uma caminhada até segunda-feira à
noite, em Belo Horizonte".
Chegou
a reclamar com a organização, durante o discurso, porque queria água.
Do público, alguém lhe oferece uma garrafa de cachaça, e Lula brincou:
"imagina se Moro me vê tomar cachaça aqui", referindo-se ao juiz Sergio
Moro, da Lava Jato.
"Imagina
se o Ministério Público, a revista "Veja", a Rede Globo me veem tomando
cachaça. Se eu beber sua cachaça, vão dizer que eu estou aliciando um
jovem para me dar cachaça. Prefiro te dar minha água do que tomar sua
cachaça."