O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu que a
proximidade das eleições de 2018 atrapalha uma possível votação da
reforma da Previdência. Isso não impediria, no entanto, que as propostas
fossem pelo menos votadas. "A aproximação da eleição faz com que sempre
os votos, as posições políticas comecem a ser contagiadas. O
parlamentar que busca a reeleição, ele sempre vai meditar. A proximidade
com a eleição vai dificultando medidas que sejam mais custosas do ponto
de vista popular? Vai dificultando, sim", afirmou. De acordo com a
Folha de S.Paulo, Padilha atribuiu também à proximidade das eleições a
perda de votos na quarta-feira (25), quando houve apreciação da denúncia
contra Michel Temer. "Não podemos dizer que os mesmos votos da rejeição
da denúncia são os votos da Previdência. Eu cito exemplo da bancada do
PSDB. São coisas diferentes. O que eu tenho a dizer é que há todas as
condições de aprovar [a reforma]. Existe hoje uma consciência de todo o
Parlamento da necessidade da reforma", ponderou Padilha.