Marta Pistelli afirma que
pedido da Polícia Civil não identificava nome do morador e que policiais
foram a dois endereços, quando ela havia autorizado só um
VEJA -Ulisses Campbell
Na manhã da terça-feira 10, o delegado
da Polícia Civil de Paulínia (SP), Rodrigo Luís Galazzo, acompanhado de
três investigadores armados, tocou a campainha da casa em que mora o
filho adotivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o psicólogo e ex-vereador Marcos Cláudio Lula da Silva – ele é filho do primeiro casamento da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro deste ano.
Procurava “drogas e armamento pesado”,
informação que lhe chegara por meio do Disque-Denúncia e cuja veracidade
o policial não se deu ao trabalho de checar de outra forma.
Mesmo sem nada encontrar, o delegado e
sua equipe acharam por bem não sair do local de mãos abanando. Levaram
então dois computadores, CDs, DVDs e pen drives que encontraram na casa —
e ainda foram para um segundo endereço, onde também não acharam nada.
No dia seguinte, a juíza que autorizou a
busca e apreensão, Marta Pistelli, determinou que todos os objetos
fossem devolvidos e se disse “enganada” pelos policiais. Afirmou que o
pedido de busca não identificava o morador da residência e que
autorizara que a polícia visitasse apenas um local, e não dois.