Jornal do Brasil
A
 aprovação no Senado do adiamento da votação sobre a decisão do Supremo 
Tribunal Federal (STF) de afastar Aécio Neves do mandato de senador 
revelou o enfraquecimento do tucano até mesmo entre seus pares. 
Dos
 dez senadores do PSDB, dois votaram pelo adiamento - Eduardo Amorim 
(PSDB-SE) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Aécio, que queria que o Senado 
votasse logo a questão, entrando em confronto com o Supremo, teve uma 
derrota expressiva, com 50 votos a favor do adiamento e apenas 21 
contra. Agora, o Senado vai aguardar o julgamento no STF, marcado para o
 dia 11, para depois, no dia 17, reavaliar a questão.
A
 imagem de Aécio, até bem pouco tempo presidente do PSDB e principal 
nome do partido, vem se desgastando com a sequência de acusações que 
pesam sobre ele. O STF o afastou do mandato e ainda determinou seu 
recolhimento noturno após a acusação de ter recebido R$ 2 milhões em 
propina do empresário Joesley Batista, da JBS, com o qual foi gravado em
 conversas suspeitas. O dinheiro teria sido solicitado pelo próprio 
Aécio para cobrir despesas com advogados. Em troca, ele teria oferecido 
sua influência política para a escolha de um diretor da mineradora Vale.
 Ele nega as acusações, afirmando que a quantia se refere a um 
empréstimo particular.