Painel – Folha de S.Paulo
Nas
conversas que teve com dirigentes partidários para pedir votos contra a
denúncia de que é alvo, Michel Temer sinalizou que, se sobreviver, fará
uma repactuação de sua base aliada. O presidente rediscutirá com todas
as siglas espaços e participação no governo. A ideia seria “melhorar a
qualidade das alianças”. No centro do rearranjo estará o PSDB, que
acabou irritando não só ao Planalto mas às outras legendas que apoiam o
governo com sua eterna indefinição.
Dois
episódios irritaram sobremaneira o presidente e seus aliados. O
“teatro” que teria levado ao afastamento inócuo de Bonifácio Andrada
(PSDB-MG), relator da denúncia, da CCJ; e a posição na bancada tucana na
votação do novo fundo eleitoral –a maioria optou pela rejeição da
proposta.
O
Planalto espera novo comportamento da bancada paulista do PSDB na
apreciação da segunda denúncia. Puxados pelo secretário-geral do
partido, Silvio Torres, os deputados Eduardo Cury, João Paulo Papa,
Miguel Haddad e Vitor Lippi votariam com o presidente.
Todos eles são ligados ao governador de SP, Geraldo Alckmin (PSDB), que trabalha para ser candidato à Presidência em 2018.