Foto: Agência Brasil
Na primeira reunião da comissão de ética criada pelo PT de
Ribeirão Preto para dar início ao processo de expulsão do ex-ministro
Antonio Palocci, na quarta-feira passada (27), os integrantes do
colegiado decidiram suspender os trabalhos. O motivo é a carta de
desfiliação enviada pelo ex-ministro, na terça-feira (26), à presidente
nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR). "No meu entender, a
partir do momento em que ele pediu desfiliação do partido, a comissão de
ética perde o seu objeto. O limite do partido são os filiados", disse o
presidente municipal do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura. Segundo
ele, o Diretório Municipal espera que a Direção Nacional do PT envie
formalmente a carta para que o partido possa pedir a desfiliação de
Palocci à Justiça Eleitoral de Ribeirão Preto, domicílio eleitoral do
ex-ministro. De acordo com Tremura, Palocci já não participava
ativamente do PT em sua cidade natal desde que foi nomeado ministro da
Fazenda pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. A sede do
Diretório Municipal não tem nem sequer uma foto do ex-ministro na
parede. "A base dele era São Paulo há muito tempo. Palocci vinha para
Ribeirão esporadicamente, para votar nas convenções ou encontros do
partido", disse Tremura. Para o dirigente, o PT local, que governou a
cidade por duas vezes e hoje tem apenas um vereador, Jorge Parada, vai
ter de se reconstruir a partir da derrocada do ex-ministro. "Palocci foi
o maior prefeito da história de Ribeirão Preto. Isso ninguém pode
negar. Agora vamos ter de nos reconstruir", disse. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.