Acusado de atuar de forma
ilegal em favorecimento da JBS no acordo de delação premiada firmado com
o Ministério Público Federal (MPF), o procurador Marcelo Miller vai ter
sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspensa. A decisão
deve ser anunciada em instantes na sede da Ordem no Rio de Janeiro,
seção onde o procurador é inscrito. A assessoria de comunicação da
OAB/RJ confirmou ao Bahia Notícias que o presidente nacional da
entidade, Claudio Lamachia, e o presidente da seccional, Felipe Santa
Cruz, já estão reunidos no local para isso. Miller trabalhou na
Procuradoria-Geral da República (PGR) e chegou a ser apontado como
“ex-braço direito” do procurador-geral Rodrigo Janot. Posteriormente,
ele deixou o cargo público para trabalhar no escritório de advocacia
Trench, Rossi e Watanabe, contratado para atuar na equipe de defesa da
JBS. No entanto, novos áudios dos empresários Joesley Batista e Ricardo
Saud apontam que Miller colaborou com os delatores no repasse indireto
de informações quando ainda trabalhava na PGR (veja aqui).
Diante disso, Janot chegou a solicitar a prisão preventiva do
procurador, mas o ministro Edson Fachin, relator do processo no Supremo
Tribunal Federal (STF), não concedeu o pedido (veja aqui). (Atualizada às 10h52)