Sem mencionar a Operação Lava Jato e as recentes
polêmicas que envolvem a Procuradoria-Geral da República (PGR), a
procuradora Raquel Dodge foi empossada no comando da instituição na
manhã desta segunda-feira (18). Em seu discurso, Raquel enfatizou o
papel institucional da PGR, que, em suas palavras, tem a
responsabilidade de “garantir que ninguém esteja abaixo ou acima da
lei”. “A harmonia entre os poderes é um requisito para o equilíbrio da
nação”, ressaltou. Essa fala de Raquel ocorre num momento em que a PGR
apresentou a segunda denúncia contra o presidente da República, Michel
Temer (PMDB), que foi apontado pelo agora ex-PGR, Rodrigo Janot, como um
dos líderes da suposta organização criminosa formada pelo PMDB. Janot,
inclusive, não compareceu à posse. Ele alega ter sido convidado apenas
por e-mail, o que considerou descortês (veja aqui).
A mesa foi composta, então, por Temer, pela presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e pelos presidentes da Câmara e do
Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Considerando a notoriedade que a PGR e a figura do procurador-geral da
República ganharam no atual cenário político, Raquel pontuou os avanços
da instituição. “Há 30 anos, quando tomei posse, poucos sabiam o que faz
um procurador-geral da República”, pontuou. Com o mandato que se
inicia, uma das primeiras ações da gestão de Raquel deve ser o anúncio
de mudanças na equipe da Lava Jato. Pelo menos dois procuradores devem
deixar o trabalho na operação (saiba mais aqui).