Juiz diz que grupo usou delação para não quitar dívida
Painel – FSP
O
doleiro Lúcio Funaro venceu batalha contra a J&F na Justiça de SP. O
grupo foi condenado nesta semana a pagar R$ 16,2 milhões, além de juros
de mora, ao delator. Funaro alega que os irmãos Batista não quitaram
todos os valores de um contrato de consultoria que firmaram com ele após
a fusão dos frigoríficos JBS e Bertin. A defesa dos empresários alegou
que o trato era fictício e servia apenas para maquiar o repasse de
propinas. O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi não engoliu.
Os
advogados da J&F usaram as delações de Joesley Batista e Ricardo
Saud na ação para sustentar o argumento de que o contrato com Funaro
seria uma cortina de fumaça para o pagamento de vantagens ilícitas ao
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O
juiz do caso não se mostrou convencido. “A impressão que se tem é que a
ré [J&F] tenta incluir a dívida no rol de operações ilícitas
realizadas com Lúcio Funaro, valendo-se, portanto, de sua própria
torpeza para afastar a cobrança do que sabe ser devido.”