O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro,
decretou o bloqueio de R$ 224 milhões do ex-governador Sérgio Cabral
(PMDB), de sua esposa, Adriana Ancelmo; e de outros nove condenados na
Operação Calicute. Também foi imposto ao peemedebista 45 anos e dois
meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. O confisco do montante atinge os condenados pelos crimes de
organização criminosa e lavagem de dinheiro. Para os demais condenados, o
confisco vai se limitar ao montante objeto do crime de lavagem de
dinheiro. Sérgio Cabral está preso desde novembro do nao passado em um
presídio na capital fluminense. Os crimes apontados no processo estão
relacionadas a obras do governo do Rio de Janeiro que receberam recursos
federais a partir de 2007, entre elas: a urbanização de Manguinhos (PAC
Favelas), construção do Arco Metropolitano e reforma do estádio do
Maracanã para a Copa de 2014. Devem continuar presos, além de Cabral,
Wilson Carlos (ex-secretário de Governo), Hudson Braga (ex-secretário de
Obras) e Carlos Miranda (o operador do esquema). Embora condenados,
tiveram as prisões revogadas os réus Luiz Carlos Bezerra, José Orlando
Rabelo, agner Jordão Garcia, Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães
Pinto Gonçalves. O réu Pedro Miranda foi absolvido. A defesa de Adriana
Ancelmo disse que irá recorrer da sentença assim que for intimada pelos
meios processuais pertinentes, já que os argumentos levantados em
alegações finais e que conduziriam à sua absolvição foram ignorados pelo
juiz. O advogado Rodrigo Roca, que defende Sérgio Cabral, também disse
que irá recorrer, já que o juiz Marcelo Bretas "não tem imparcialidade
para julgar nenhuma causa do ex-governador". "Nós estamos preparando os
recursos para os órgãos de jurisdição superior", acrescentou.