A
última flecha lançada por Rodrigo Janot contra Michel Temer encontrará
um Congresso organizado para o contra-ataque. Ao fazer denúncias em
série contra os maiores partidos do país às vésperas de deixar o posto, o
ainda chefe da PGR engrossou o caldo corporativista que dará o tom da
resposta do Legislativo a ele.
Temer
precisa, sim, reorganizar a base. Mas fará isso em cenário menos
adverso e ao mesmo tempo em que a CPI da JBS tentará reescrever a
história do procurador-geral.
Partidos
da base aliada orientaram seus membros a usarem a CPI para explorar, de
saída, as ligações entre o ex-procurador Marcello Miller e a advogada
Fernanda Tórtima. Querem apresentar Janot como a ponta de uma lança
composta pelo ex-procurador e a advogada para direcionar delações.