sábado, 9 de setembro de 2017

GEDDEL TOTALMENTE DESMORALIZADO, CONSIDERADO ATUALMENTE COMO GATUNO


   O gatuno Geddel
Preso, ontem, em Salvador, onde a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões guardados num apartamento, dinheiro desviado dos cofres públicos quando vice-presidente da CEF no Governo Dilma, o ex-ministro Geddel Vieira Lima era, também, um dos homens fortes do presidente Michel Temer (PMDB).  Ocupou na gestão atual o cargo de ministro da Secretaria de Governo até novembro de 2016, quando foi acusado pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de tê-lo pressionado a liberar uma obra na Ladeira da Barra, área nobre de Salvador.
O peemedebista era o responsável pela articulação política do governo Temer com deputados e senadores. Ele ficou no primeiro escalão de Temer por apenas seis meses. Depois de ter sido um crítico ferrenho de Lula no primeiro mandato do ex-presidente, Geddel baixou as armas quando o petista foi reeleito e assumiu o comando do Ministério da Integração Nacional entre 2007 e 2010. Na pasta, encampou a transposição do Rio São Francisco.
Entre 2011 e 2013, ele se tornou vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa na cota de cargos de Michel Temer. Ele se desligou do banco público pedindo exoneração pelo Twitter à então presidente Dilma Rousseff. Formado em administração de empresas pela Universidade de Brasília, é natural de Salvador, onde foi assessor da Casa Civil da Prefeitura da capital baiana entre 1988 e 1989. Em 1990, filiou-se ao PMDB, partido pelo qual foi eleito cinco vezes deputado federal.
Na terça-feira passada, a PF apreendeu cerca de R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado por Geddel em Salvador. O dono do imóvel afirmou à PF que havia emprestado o imóvel ao ex-ministro para que ele guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado. A Polícia Federal contabilizou no apartamento R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000 (R$ 8.387.366,40, segundo a cotação do dia, de US$ 1 dólar = R$ 3,1203). A soma dos valores em dólares e reais é de R$ 51.030.866,40.
Segundo a decisão de Vallisney que determinou a nova prisão de Geddel, o dono do apartamento disse à PF que emprestou o imóvel ao deputado Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro. A informação foi confirmada pela administradora do condomínio, Patrícia dos Santos. O superintendente da PF na Bahia havia dito que, segundo o proprietário, o imóvel foi emprestado com o intuito de guardar bens do pai de Geddel, morto em 2016.
SEGUNDA PRISÃO– Ex-articulador político do presidente Michel Temer, Geddel já tinha sido preso preventivamente pela Polícia Federal, em julho, acusado de agir para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono. As investigações da Cui Bono apontam que o peemedebista, valendo-se de seu cargo na Caixa, "agia internamente, de forma orquestrada", para beneficiar empresas com liberações de créditos dentro de sua diretoria e fornecia informações privilegiadas para os outros integrantes "da quadrilha que integrava", entre eles o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).