O empresário Wesley Batista disse durante audiência de custódia
realizada nesta quarta-feira (13), em São Paulo, que não sabe o motivo
para estar preso. Ele foi preso preventivamente durante a manhã porque
teria usado informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro
entre abril e o dia 17 de maio deste ano, data em que foi divulgado o
conteúdo da delação premiada firmado entre executivos da J&F, que
detém a JBS, e a Procuradoria-Geral da República (PGR). "Não sei que
crime cometi. Começo a achar que o crime foi ter assinado um acordo de
delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Pergunto se o crime
que cometi foi ter me tornado colaborador", afirmou Wesley. Em seguida,
o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal, esclareceu que ele
foi detido por conta da operação financeira. Segundo o Ministério
Público Federal (MPF), ele e Joesley venderam ações em alta e compraram
dólares. Com a alta da moeda estrangeira provocada pela divulgação das
acusações contra o presidente Michel Temer, eles teriam lucrado cerca de
R$ 100 milhões. Durante o depoimento Wesley assegurou que a operação
com dólares erra corriqueira e o grupo já havia realizado operações
ainda maiores.