sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A primeira grande reviravolta


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O ingresso do senador Fernando Bezerra Coelho no PMDB, antecipado, ontem, por este blogueiro, é o fato mais importante do processo eleitoral de 2018. Permite uma reviravolta no cenário que estava se desenhando para o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). Sem o PMDB em sua coligação, o PSB perde um expressivo tempo na propaganda eleitoral.
Sem Jarbas, que pode se aliar a Fernando Bezerra, o governador perde, igualmente, um aliado de peso, a quem já havia garantido uma das vagas na disputa para o Senado. Com o PMDB nas mãos, o senador ganha mais aderência no Estado para construir uma candidatura – que deve ser a do seu filho, o ministro Fernando Filho (Minas e Energia) – para o Governo do Estado.
Com o maior tempo de televisão entre todos os partidos, o PMDB tem, também, uma superestrutura partidária, com diretórios em todos os municípios do Estado. É por isso que Jarbas, mesmo isolado pelo comando nacional da legenda, não abre mão de continuar na legenda. Seu reinado, entretanto, começa a chegar ao fim com ascensão de Fernando, que tem trânsito com a cúpula nacional, é amigo de Eunício Oliveira e Romero Jucá, além de gozar de prestígio com o presidente Temer.
Tão prestigiado que, mesmo na condição de dissidente do PSB, emplacou o filho na pasta de Minas e Energia. Sem o PMDB na sua coligação, Paulo Câmara, que hoje já não tem PSDB nem o DEM mais como aliados, sofre um grande baque no tempo de televisão, o que dificultará sua campanha, embora as redes sociais exerçam um papel preponderante na difusão das ideias do candidato pela internet.