Os gêmeos nasceram em Egeia (agora Ayas, no Golfo do İskenderun, Cilícia, Ásia Menor), e tinham outros três irmãos. O pai foi mártir durante a perseguição dos cristãos na era de Diocleciano. Cosme e Damião eram médicos que curavam os enfermos não só com seu saber mas através de milagres propiciados por suas orações.[3] Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.[4] Sua mãe se chamava Teodata, e também é venerada como santa pelos ortodoxos.[5]
Os gêmeos praticavam a medicina em Egeia e alcançaram, por isso,
grande reputação. Não aceitavam nenhum pagamento por seus serviços e
foram por isso chamados de anargiras (em grego antigo: Ανάργυροι anargyroi - avessos ao dinheiro). Dessa forma, eles trouxeram muitos novos adeptos para a fé cristã. Quando a perseguição de Diocleciano
começou, o prefeito Lísias mandou prender Cosme e Damião e ordenou-lhes
que se retratassem. Eles se mantiveram constantes sob tortura e de
forma milagrosa não sofriam nenhum ferimento por água, fogo, ar, nem
mesmo na cruz, até que foram decapitados
por uma espada. Seus três irmãos, Antimo, Leôncio e Euprepio também
morreram como mártires com eles. A execução ocorreu em 27 setembro,
provavelmente entre 287[6]/303 d.C..[7]
Mais tarde, surgiu uma série de relatos fabulosos sobre os gêmeos ligadas em parte às suas relíquias. Os restos mortais dos mártires estavam enterrados na cidade de Ciro, na Síria; o imperador Justiniano I
(527-565) suntuosamente restaurou a cidade em sua honra, depois de ter
sido curado de uma doença perigosa por intercessão de Cosme e Damião.
Justiniano reconstruiu e decorou a igreja dos mártires em
Constantinopla, que veio a se tornar um lugar famoso de peregrinação. Em
Roma, o Papa Félix IV (526-530) edificou uma igreja em sua honra.
A Igreja grega celebra a festa dos santos Cosme e Damião em 1 de
Julho, 17 de Outubro e 1 de Novembro e venera três pares de santos com o
mesmo nome e profissão. Cosme e Damião são considerados os patronos dos
médicos e cirurgiões e por vezes são representados por emblemas
médicos. Eles são invocados no Cânon da Missa e na Ladainha de Todos os Santos.[6]