quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Delação: revelações de Funaro vão ficar em segredo



Assim como fez em algumas das delações mais rumorosas da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou a colaboração de Lúcio Funaro ao relator do caso no Supremo, o ministro Edson Fachin, sem pedir o fim do sigilo do acordo do doleiro. Por isso, as revelações de Funaro devem permanecer oficialmente em segredo mesmo após a provável homologação pelo STF. Trechos da peça serão usados para engordar a nova denúncia da PGR contra Michel Temer.

Pela tradição, o STF só levanta o sigilo de delações após a solicitação do Ministério Público. Em geral, as informações são preservadas para não prejudicar investigações em andamento.
No caso de Funaro, Fachin não decidirá sobre o fim do segredo de Justiça sozinho. Tende a levar o caso ao plenário, por envolver o presidente da República. (Painel - Folha de S.Paulo)