Acionistas minoritários articulam a saída dos irmãos Wesley e
Joesley Batista do comando da JBS. O grupo se reunirá em assembleia no
próximo dia 1º, quando vão discutir a proposta do BNDES - principal
acionista minoritário - para processar os controladores e
ex-administradores, Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis
e Silva, além do próprio Joesley. De acordo com a Folha, o banco quer
contratar também uma auditoria externa para quantificar os danos gerados
à empresa e identificar outros responsáveis. "A permanência dos Batista
é insustentável sob qualquer ponto de vista. São criminosos confessos e
não poderiam continuar no comando de qualquer companhia do Brasil",
avaliou o vice-presidente da Associação dos Investidores Minoritários do
Brasil, Aurélio Valporto. Além do BNDES, os minoritários têm 36% do
capital da JBS, nenhum deles com mais de 5%. Os controladores possuem
42% da empresa. Segundo Valporto, eles não poderão votar a proposta, já
que são parte interessada. Em conferência nesta terça (15), Wesley
Batista disse apenas que a reunião de setembro será "uma ótima
oportunidade para mostrar o que foi feito" em se tratando de medidas de
ajuste após a divulgação das delações dos empresários.