Nenhum entre os dez principais partidos da base aliada do governo
fechou apoio a Michel Temer em relação à denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR). Líderes marcaram reuniões nesta
semana para definir o posicionamento adotado em relação ao caso, de
acordo com o Estadão. Entre as principais legendas da base, que reúnem
pelo menos 327 parlamentares, nem mesmo o PMDB fechou questão. O líder
do partido na Câmara, Baleia Rossi (SP), disse que não há necessidade
porque a bancada está unida. O PSDB, por outro lado, é visto como o caso
mais crítico pra Temer, já que seis dos sete deputados membros da
Comissão de Constituição e Justiça devem votar pela aceitação da
denúncia. O líder do partido, Ricardo Tripoli (SP), disse que vai reunir
a bancada durante a semana. Mas a expectativa é que a pressão pela
saída da base aumente. O DEM também evitou defender de maneira enfática o
pesidente da República. O líder Efraim Filho (PB) explicou que vai
reunir a bancada para tirar uma posição somente depois que Temer
apresentar sua versão dos fatos. O líder do Podemos, antigo PTN,
Alexandre Baldy (GO), reforçou a ideia de que "é muito cedo" para ter um
termômetro da situação. Já em partidos como o PSD, PP, PR e PTB, o
discurso predominante é o de que a denúncia não traz provas concretas
contra Temer. O deputado José Rocha (BA), líder do PR, garantiu que o
governo terá maioria na CCJ e no plenário, já que os parlamentares vão
avaliar que falta pouco mais de um ano para a eleição presidencial. O
PSB deve optar pelo seguimento da denúncia, mas o tema deverá ser
discutido nesta segunda-feira (3) - mesmo dia em que o presidente da
comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve anunciar o nome do relator da
denúncia.